Foto de uma festa comemorando a crise dos 30 anos.

O que é crise dos 30 anos, sintomas e causas

Será que você está passando pela crise dos 30 anos sem saber?

O que é “crise dos 30 anos”, sintomas e causas

A crise dos 30 anos é um período de agitação emocional marcada pela transição para a fase adulta. Por ser uma metamorfose cheia de expectativas, pode levar à ansiedade ou à insegurança quanto ao estado atual da vida em comparação a como tal vida “deveria” estar.

A chamada crise dos 30 anos é o termo popular usado para refletir esse momento de angústias invasivas caracterizado por mudanças emocionais relativas a alcançar ou não os marcos autodeterminados para os 30 anos — o último degrau antes da meia-idade.

Você já se pegou pensando:

Se sim, vamos explorar:

A dica extra para descobrir como encontrar equilíbrio em momentos de incerteza é ler meu guia prático para chegar bem e sobreviver aos trinta: “Bem-vindo aos 30 anos”.

Causas da crise dos 30 anos

A crise dos 30 anos é uma fase de transição marcada pelo arrependimento de erros cometidos ou oportunidades perdidas — e a discrepância entre as expectativas idealizadas contra a realidade.

Não reconhecida como condição clínica, a “crise dos 30 anos” é apenas um termo para definir um estado de vulnerabilidade mental causado por uma ruptura na maneira com a qual o ego enxerga a própria identidade, podendo ser intensificado por:

Segundo um estudo↗ publicado no International Journal of Behavioral Development, pessoas na faixa dos 27 aos 40 anos estão especialmente vulneráveis aos questionamentos envolvendo o luto da juventude e a emergência da maturidade sociocultural em um futuro incerto.

Algumas pessoas estão vivendo longos episódios de tristeza ou estresse antes mesmo da crise se instalar, uma vez que o Brasil é um país de cenário negativo quanto à perspectiva de desenvolvimento, segundo um estudo↗ da Pew Research Center publicado em setembro de 2024.

Buscar ajuda médica (seja pelo encaminhamento de um clínico geral ou direto com um psicólogo terapeuta) é o jeito de garantir que traumas ocultos, má nutrição, falta de exercícios ou possíveis condições clínicas mais sérias, não sejam confundidos com as pressões culturais comuns de alcançar certa idade.

Mesmo que desafiadora, a crise dos 30 anos pode ser uma oportunidade para repensar valores, objetivos e prioridades, abrindo caminho para uma vida mais autêntica; alinhada com seus desejos e interesses.

Sintomas da crise dos 30 anos

Antes de mostrar como superar a crise dos 30 anos, veja quantos sintomas você apresenta usando a lista a seguir como referência:

Se sim, esses sentimentos, pensamentos ou estagnações são reflexos da reação biológica de “lutar, fugir ou paralisar de medo” diante do que for reconhecido como ameaça pelo cérebro. Tais “ameaças” causam sintomas; sinais para que você perceba essas manifestações a nível consciente e faça alguma coisa para satisfazê-las.

As ameaças mais comuns para um cérebro na crise dos 30 anos envolvem:

  1. Medo de envelhecer;
  2. Obsessão com escolhas;
  3. Desejo por maior liberdade;
  4. Sensibilidade às pressões sociais;
  5. E preocupação financeira constante.

1. Medo de envelhecer

A percepção do tempo passando rapidamente pode gerar ansiedade e pensamentos como “Não tenho mais tempo para errar” ou “Deveria ter feito isso antes” se tornam frequentes. Manter a aparência jovial também pode se tornar uma forte preocupação, com risco de sair do controle e se tornar uma ferramenta de autocrítica (e de perda de dinheiro) nada eficiente.

2. Obsessão com escolhas passadas

Revisitar decisões anteriores e imaginar como a vida poderia ter sido diferente é comum para qualquer pessoa. No caso específico da crise, esse pensamento acontece de forma intrusiva e repetitiva, alimentando arrependimentos e paralisando o planejamento para o futuro.

Parte da inadequação em agir pelo futuro de maneira otimista tem como fonte as crenças limitantes que causam tais sentimentos: arrependimento, culpa e vergonha.

3. Desejo de maior liberdade

A vontade de recomeçar, mudar de cidade, trocar a cor do cabelo ou até de carreira, costuma surgir na crise dos trinta. É importante avaliar se essas mudanças são realmente necessárias e positivas para o bem-estar a curto e longo prazo, ou se são impulsivas e com potencial de causar mais arrependimentos do que soluções.

4. Sensibilidade às pressões sociais

Casar, ter filhos, conquistar estabilidade financeira: essas são algumas cobranças comuns aos 30 anos. Não cumprir esses “marcos” pode gerar sentimentos de fracasso e baixa autoestima.

Fantasias surgem na tentativa de motivar planejamentos e ações capazes de alcançar esses marcos no menor tempo possível, gerando mais autocobrança e autopunições que prejudicam a habilidade de olhar o presente com clareza e o futuro como um leque de alternativas ainda melhores (mesmo que diferentes do planejado).

5. Preocupação financeira constante

A crise dos 30 anos também está associada a inseguranças financeiras. Seja pela ausência de bens materiais ou pelo medo de não construir um futuro sólido a tempo de envelhecer, as questões financeiras tendem a ocupar mais espaço dentre as preocupações diárias de quem está nessa fase.

O estresse causado por essa preocupação é sentido em todas as áreas da vida, podendo tomar prioridade acima de relacionamentos sociais ou da própria saúde física e mental.

Como superar a crise dos 30 anos

Transformar a crise dos trinta em crescimento exige reflexão e ação — aqui estão algumas estratégias para enfrentar esse momento:

1. Planeje uma transição, não uma ruptura

O desejo por liberdade, a obsessão com escolhas e o medo de envelhecer são ingredientes explosivos: juntos podem levar a rupturas repentinas na realidade até de quem está perto de alguém passando pela crise dos trinta.

Se terminar um relacionamento, mudar de carreira e trocar de país parece a solução certa para garantir o desenvolvimento pessoal, planeje-se e não faça nada às pressas. Converse com seu par; comece um curso ou guarde dinheiro como parte de um plano de ação claro para transitar de uma fase para a outra sem danificar suas responsabilidades.

2. Pratique o autoconhecimento

Mesmo que ainda não esteja consciente disso, só você sabe a causa das suas angústias. Aprender a entrar em contato com seus sentimentos e montar um vocabulário para explicá-los para si próprio — e consequentemente entendê-los — é um hábito que você precisará para superar todos os seus problemas do futuro.

Se você não estiver passando fome ou sem ter onde morar, é provável que a maioria dos seus problemas estejam surgindo justamente do espaço entre as coisas que você sente e as coisas que você entende sobre sua realidade interna e externa.

Escrever em um diário ou conversar com um terapeuta pode ajudar a esclarecer esse processo de se pegar pensando, entender por que é que pensa dessa forma, e decidir por pensar diferente.

3. Reavalie suas metas

Pergunte: Minhas metas refletem os meus valores ou as expectativas dos outros? Estabeleça objetivos que estejam alinhados com suas paixões e interesses atuais e menos sobre como as coisas “deveriam” ser.

Para chegar nesse nível, é preciso praticar o autoconhecimento, então externalizar suas metas em um diário pode ajudar em dobro.

3. Diminua a comparação

A saída da crise é descobrir sua autenticidade, com os seus pontos fortes e fracos, para se comparar menos com os outros e escrever sua própria narrativa.

Escrever sua história é importante porque ao tomar o controle da narrativa, você molda sua realidade a quem você decide ser, em vez de tentar se encaixar em um molde feito para outra pessoa.

As redes sociais usam algoritmos que invariavelmente levam à comparação com os outros, enrijecendo seus moldes, então considere reduzir o tempo online e priorizar conexões no mundo real.

4. Cuide da saúde mental e física

Exercícios, alimentação equilibrada e práticas como meditação são fundamentais para equilibrar o corpo e a mente. A gente pensa nessas coisas como separadas, mas a realidade é que “você” é um organismo que responde a ambos os estímulos internos e externos em uníssono.

Buscar ajuda profissional de um nutrólogo, psicólogo terapeuta, ou até um coach com o qual você se identifique, pode fazer a diferença na velocidade de superação da crise dos 30 anos (e qualquer outra fase ruim).

5. Aprenda algo novo

Começar algo do zero é uma forma poderosa de romper com padrões antigos e estimular a neurogênese: a criação de neurônios, um fator relacionado a levar uma vida de gratidão, satisfação e confiança na capacidade de moldar sua realidade interna e externa.

Você pode começar com algo que se relacione à sua carreira, como um curso de marketing digital ou escrita criativa, ou algo diferente como degustação de vinhos e voluntariado.

Descobrir novas habilidades ou aplicar conhecimentos anteriores em novas soluções pode trazer o senso de independência e transformação que está faltando nessa fase.

Experiência pessoal: como lidei com a crise dos 30 anos

Comecei a me preocupar em chegar aos 30 anos quando completei 27. Pensamentos comuns na minha mente envolviam:

Foi quando busquei ajuda e escrevi o guia rápido para chegar bem nos trinta anos, depois que apliquei soluções de autoconhecimento, estilo de vida e produtividade que continuo explorando até hoje.

Foi o que me ajudou a:

Dê um passo rumo à vida com mais significado

A crise dos 30 anos pode ser desafiadora, mas também é uma oportunidade de crescimento. Ao identificar os sinais, compreender as causas e adotar práticas saudáveis, você pode transformar esse momento incerto em uma história de sucesso.

O artigo de 2010 publicado pela BBC e intitulado “Mid-life crisis begins in mid-30s, Relate survey says”↗ (em inglês) dá a ideia de que a crise dos 30 anos é a semente para a crise de meia-idade, uma vez que ambas compartilham de causas e sintomas.

Sendo um marco comum na cultura ocidental, a crise dos 30 anos pode abrir portas para uma vida mais autêntica e satisfatória se explorada com as ferramentas certas. Aqui no blog você encontra algumas delas.

Se por acaso você gosta de escrever e deseja transformar essa paixão em fonte de renda sem precisar de redes sociais ou fama, dê uma olhada no e-book “Como Ganhar Dinheiro Escrevendo na Internet”. Dividi nele meus passos práticos para trabalhar de casa de maneira legal e confiável como redator para empresas.

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